regina@cryptoid.com.br

Estamos em novo endereço. Encontre-nos lá!

Faça parte desse projeto você também!

Conteúdo

O objetivo desse Blog é apresentar essa fantástica e importante tecnologia, de forma simples, para que pessoas que não dominam aspectos técnicos também possam acompanhar a evolução da adoção da Certificação Digital e o universo que gira ao seu redor:

Certificado Digital para Assinatura e Sigilo, Certificado de Atributo, Carimbo do Tempo, Documentos Eletrônicos, Processos Eletrônicos, Nota Fical Eletrônica, TV Digital, Smart Card, Token, Assinador de Documento, Gerenciador de Identidades etc..

Este Blog publica matérias e artigos extraídos da mídia que expressam a opinião dos respectivos autores e artigos escritos por mim que expressam, exclusivamente, minha opinião pessoal sem vínculo a nenhuma organização.

Matérias organizadas por data de publicação

Mostrando postagens com marcador RIC. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador RIC. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 22 de março de 2013

Senado aprova emissão gratuita de novo modelo de RG

ImagemO Senado aprovou nesta quarta-feira, 20/03/2013, projeto que obriga a emissão, de forma gratuita, do novo documento de identidade criado pelo governo federal há mais de dois anos.
O projeto prevê a gratuidade para a primeira emissão do documento, um cartão com chip que vai substituir a cédula em papel do RG (registro geral) nos próximos dez anos.
Autor do projeto, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) argumenta que o custo de R$ 40 para a sua emissão é "muito alto" para diversos brasileiros --por isso o governo deve arcar com a primeira versão do cartão.
O custo foi estimado em abril 2010, quando o governo anunciou a mudança do documento, uma vez que a identidade traz um chip eletrônico com informações do cidadão.
"Para se ter uma ideia, o valor orçado corresponde a quase 10% do atual salário mínimo. Considerando-se a cesta básica, calculada em abril de 2011, o valor cotado para emissão do novo Registro de Identidade Civil fica ainda mais significativo", disse Nogueira.

Relator do projeto, o senador Benedito de Lira (PP-AL) afirmou que a troca do RG tradicional pelo documento eletrônico vai proporcionar maior "segurança e eficiência" na identificação do cidadão, mas não é justo que ele tenha que custear a troca.

"Busca-se, por meio desta proposição, fazer com que o Estado arque ao menos com a primeira emissão desse documento", afirmou.

O novo modelo de identidade será único para o país e terá dez dígitos (uma sequência de nove números mais um dígito verificador). Hoje, cada Estado adota uma numeração diferente e sistemas próprios de emissão das carteiras de identidade, sem se comunicarem.

Em São Paulo, o documento tem nove dígitos; no Rio Grande do Sul, dez; e no Distrito Federal, sete, por exemplo. A ideia do governo é trocar todos os documentos --são 150 milhões atualmente-- em até dez anos.

Nesse período, as duas carteiras (antiga e novo modelo) serão aceitas, pois a substituição será gradativa e dependerá da capacidade do governo de aparelhar os institutos com equipamentos capazes de gerar o documento.

O modelo da carteira será similar a um cartão bancário com chip, reunirá dados pessoais, CPF e título de eleitor, e a impressão digital adaptada ao AFIS (sigla em inglês para Sistema Automático de Identificação de Impressões Digitais).


Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Biometria: TSE e CEF assinam convênio para agilizar identificação


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, e o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Fontes Hereda, assinaram na manhã desta quinta-feira (18) protocolo de cooperação técnica que deverá acelerar o projeto de identificação dos eleitores pelas impressões digitais.
Pelo acordo, a Caixa vai ceder cerca de 500 kits com equipamentos que serão utilizados pelos tribunais regionais eleitorais na coleta de dados biométricos.

Somados aos 1.475 equipamentos que a Justiça Eleitoral dispõe atualmente, esse apoio da CEF é importante para atingir o objetivo do TSE de cadastrar 10 milhões de eleitores por esse método até as eleições de 2012 e todo o eleitorado brasileiro até 2018.

É uma notícia muito auspiciosa para todos que trabalham na Justiça Eleitoral, e sobretudo para os eleitores, porque esse processo de identificação será, sobremaneira, agilizado, frisou o ministro Lewandowski logo após a assinatura do documento.

A partir da assinatura do acordo, os dados biométricos já cadastrados ou que vierem a ser cadastrados pela Justiça Eleitoral serão compartilhados com a CEF, que busca com isso melhorar o atendimento dos milhões de beneficiários dos programas sociais do Governo Federal. Além de agilizar o atendimento no pagamento de INSS, FGTS e Bolsa Família, a identificação biométrica deve ajudar a CEF no combate a eventuais fraudes.
A Caixa paga milhões de benefícios por ano para cerca de 12 milhões de famílias, disse o presidente da Caixa. Segundo ele, a intenção é melhorar a identificação dessas famílias para o pagamento de INSS e Bolsa Família, entre outros. Agora, com essa parceria, nós vamos poder também agilizar esse processo, para garantir um controle maior no pagamento desses benefícios do governo, afirmou Hereda.
Eleitores
No pleito de 2010, mais de 1,1 milhão de eleitores de 60 municípios de 23 Estados foram identificados por esse método na hora de votar. Neste momento, a Justiça Eleitoral realiza o recadastramento em Alagoas, Sergipe, em seis cidades de Pernambuco, em Curitiba-PR, Goiânia-GO e nas cidades paulistas de Jundiaí e Itupeva, totalizando 6.154.816 de eleitores. Nas próximas semanas, o projeto deverá ser estendido a outros municípios.
Por meio do protocolo de cooperação, as instituições compartilharão os dados biográficos e biométricos coletados. O compartilhamento dos dados e o planejamento e desenvolvimento de ações conjuntas têm como objetivo alavancar o cadastramento biométrico e biográfico do cidadão brasileiro, considerando as necessidades das duas instituições.

As informações coletadas por uma instituição deverão ser repassadas diretamente à outra instituição, o que será feito enquanto o Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal não tiver condições operacionais para receber tais dados, processá-los e compartilhá-los com o TSE e a CEF. O INI foi designado pelo Ministério da Justiça, no âmbito do projeto do Registro de Identidade Civil (RIC), para coordenar, armazenar e controlar o cadastro único dos cidadãos, evitando a duplicidade de documentos.
Conforme a cláusula quinta do protocolo de cooperação, as instituições se comprometem a manter o sigilo das informações compartilhadas, utilizando os dados passíveis de acesso somente nas atividades que, em virtude da lei, compete-lhes exercer, não podendo de qualquer forma, direta ou indiretamente, dar conhecimento a terceiros das informações trocadas entre si.

Documento único
O recadastramento dos eleitores brasileiros com coleta das digitais será também o primeiro passo para que, no futuro próximo, esses cidadãos recebam o Registro de Identidade Civil (RIC), um documento único de identificação, que será usado em substituição à carteira de identidade, ao CPF e ao título de eleitor, entre outros.

 

Em setembro de 2010, o TSE e o Ministério da Justiça firmaram convênio para que o Tribunal forneça os dados dos eleitores brasileiros colhidos por meio do recadastramento biométrico. Até 2018, deverão ser repassadas ao Ministério da Justiça as informações de todo o eleitorado do país, que corresponde a cerca de 70% da população. O Ministério da Justiça, por sua vez, será o responsável pela emissão dos RICs.

O RIC dispõe de diversos mecanismos de segurança, e conta com um chip onde ficam armazenadas as digitais do titular e informações como sexo, nacionalidade, data de nascimento, foto, filiação, naturalidade, assinatura, órgão emissor, local de expedição, e dados referentes ao título de eleitor, CPF e previdência social, entre outros.
Mais informações sobre o recadastramento biométrico dos eleitores podem ser obtidas no site http://www.tse.jus/biometria .

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Inclusão digital: necessidade, mazela ou salvação?

Omar Kaminski
Inclusão digital, segundo a célebre Wikipedia, “é o nome dado ao processo de democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação”.


“É a palavra mais sexy do meu governo”, chegou a comentar o então presidente Lula. Isso em um contexto onde já surgem as primeiras intenções de se alçar o acesso à internet senão como um direito humano fundamental, pelo menos como um direito social de nível constitucional. Mas no que consiste essa agora tão almejada benesse? Em disponibilizar um dispositivo com acesso à internet para cada pessoa, de preferência por banda larga para que possa transmitir e receber imagens e vídeos, e com isso abre-se um novo mundo para ela, como em um passe de mágica? Ou quem sabe, com a TV Digital interativa, que ainda engatinha? Existem graus de inclusão e de capacitação a novas situações? A geração Y já nasceu incluída?

Diante de várias incertezas, pelo menos podemos listar alguns elementos considerados importantes:
  • A democratização do acesso à infraestrutura tecnológica pode e deve ser vista como um processo de universalização do conhecimento, que por sua vez é base para o pleno exercício da cidadania;
  • Que a democratização do acesso não implique em massificação. Nesse ponto é importante frisar a importância dos sistemas operacionais e padrões de arquivos livres ou abertos, para que o acesso à internet não seja “formatado” por essa ou aquela empresa tão somente;
  • Criar condições também para a inclusão social, inclusive dos deficientes, mesmo que de forma virtual na equiparação de oportunidades, adotando requisitos mínimos de acessibilidade;
  • A necessidade de observar a inclusão digital como política pública, com o acesso à internet considerado tão importante como os demais commodities, leia-se fornecimento de luz e água;
  • Investimentos governamentais e privados significativos em novas tecnologias: infra-estrutura, concessões, custeio, fabricação, divulgação, regulamentação, traduzindo-se na própria evolução tecnológica do país;
  • A continuidade dos serviços de governo eletrônico, interfaces que facilitem a prestação de serviços aos cidadãos com ênfase na eficiência, comodidade e transparência;
  • Investimentos em capacitação de multiplicadores, benefícios fiscais às lan houses, agora chamadas de CID – Centros de Inclusão Digital, para o desenvolvimento de atividades educacionais, culturais e de utilidade pública em parceria com os governos;
  • A utilização do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust) na inclusão digital e a implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL);
  • A promoção e garantia do acesso à cultura, também na internet, mesmo diante de tantos neologismos e inovações consideradas inerentes ao processo tecnológico e globalizante.
No aspecto prático, a tendência é que o computador venha a substituir a TV tradicional. Quando não em suas casas, as pessoas estão muitas vezes operando um computador no trabalho, ou com um celular no bolso que pode contar com acesso a web. Nesse ponto, já é factível de se falar em uma nação potencialmente conectada.

Deste modo, e de posse de uma conexão de preferência via banda larga, o cidadão se equipara, diante da liberdade de informação típica de países democráticos, a qualquer outro cidadão do mundo no quesito oportunidade, com a ressalva da diferença de linguagem e de hábitos neoculturais. Pode ter acesso às mesmas informações que qualquer outro estudante ou interessado. Com cartão de crédito ou débito, pode contratar serviços e adquirir produtos de qualquer lugar do planeta.

Com a nova carteira de identidade (RIC) contendo um chip no qual poderá ser inserido um certificado digital, os novos e velhos incluídos digitalmente poderão inclusive assinar documentos e quiçá até votar pela Internet em um futuro não muito distante, com o auxílio da biometria. Poderão fazer abaixo-assinados virtuais, e até mesmo criar partidos políticos, diretamente de seu smartphone, inclusive do interior de aviões e demais veículos. O dinamismo das conexões desafia o próprio conceito de lugar, tempo e mesmo de realidade.

Porém, uma das principais dificuldades é justamente “educar” esse novo contingente de usuários da Internet, cuja atividade cresce exponencialmente a cada ano. Além da educação formal, sabemos que não existe um Manual de Internet nem uma espécie de “carteira de internauta”, e que em vista da própria interatividade, algumas situações pedem certos procedimentos e diferentes graus de segurança e confiabilidade. Por exemplo, como evitar que essas pessoas não sejam novas vítimas de antigos e-golpes, agora chamados de “códigos maliciosos”, que nada mais são do que contos da Carochinha que apenas se aprimoraram?

Sob o ponto de vista jurídico, há vários anos se pode perceber a repetição dos mesmos mantras, que “a internet não é uma terra sem leis”; os criminosos virtuais são chamados erroneamente de hackers ao invés de crackers, ou ainda, de “piratas cibernéticos”, que fazer download de músicas e filmes é crime; e mais recentemente, que a internet virou um antro de pedofilia e o (cyber)bullying é o assunto do momento.

Diante dessas ponderações e questionamentos, temos em curso pelo menos quatro grandes iniciativas que contaram ou contam com a participação popular por meio da internet – uma forma de inclusão digital por meio de consulta pública. A Lei de Direitos autorais, que foi criada em um ambiente analógico, pede uma revisão e atualização. O anteprojeto de lei de proteção dos dados pessoais e o chamado Marco Civil da internet, que surgiu em reação ao projeto de lei de cibercrimes, considerado excessivo e como potencial de criminalizar condutas virtuais consideradas triviais na rede.

Mas como regulamentar a rede, e com isso garantir juridicamente sob tais direitos considerados de nova geração?

Temos uma Constituição Federal promulgada em 1988, em um ambiente anterior à revolução da interação. Precisamos primeiramente analisá-la e interpretá-la sob a ótica das novas tecnologias. Assim, poderemos entender melhor que não precisamos de novas leis a cada nova possibilidade. Precisamos de leis que se prolonguem no tempo, que garantam direitos e liberdades também no ambiente virtual, e não restrinjam a capacidade de inovação e as possibilidades das tecnologias, que segundo defendem alguns, têm caráter neutro como a própria Rede. Mas nosso legislativo parece seguir na contramão, e o Brasil ruma reiteradamente vitorioso no quesito inflação legislativa, ou legismania. Cada vez mas leis, mas não melhores leis. Se algumas ficavam só no papel, imaginemos como será em tempos virtuais…


Em que pese tudo isso, para que esse panorama se mantenha ou que possa evoluir ainda mais, certos valores básicos da internet precisam ser observados e seguidos de forma mais ou menos uniforme – o que não significa conservadorismo mas sim garantia do ambiente de interação livre. E de preferência, com a cereja do bolo de integrar o “pacote básico” de direitos fundamentais.

E como nem tudo são flores, a inclusão digital possui seus pontos negativos, como gerar uma certa dependência que deriva da comodidade, e uma gradual perda da privacidade que geralmente é proporcional a exposição voluntária. Tornando os que optaram em não aderir verdadeiros excluídos. Mas será que podemos sequer optar em não nos incluir? Tudo indica que não. Os processos judiciais, por exemplo, já recusam sua existência em papel. A internet virou uma verdadeira necessidade para muitos profissionais. Já não é mais possível nos imaginarmos sem ela.

Portanto, se não temos graus de exclusão digital, temos ao menos duas classes: o voluntariamente excluído (geralmente pessoas mais idosas ou que tem fobia tecnológica) e o excluído social, e por conseqüência digital, por qualquer dificuldade que seja, motora ou financeira. Talvez um precise ser respeitado em sua opção, e o outro precisa ser instruído a entender, de alguma forma, o que significa ser um incluído digital, e no que isso impacta em sua vida muitas vezes simplória. Não é apenas pagar contas pela internet, não é ter um perfil na rede social da moda, não é poder enviar um email ou falar com voz e vídeo com o parente em outro país.

A inclusão digital é, em última instância, o pleno exercício da e-cidadania, e a democratização do acesso ao conhecimento. Que passa por uma reavaliação completa dos hábitos da sociedade moderna, quase uma reinvenção da roda. Não há outra saída, e parece não haver outra solução melhor.

A era tecnológica nos abocanhou, e embora não tenhamos ainda visto carros voadores e robôs pelas ruas, talvez já devemos ir pensando na necessidade de uma ciberconstituição para regulamentar e garantir alguns direitos virtuais e de acesso. Na necessidade de se repensar vários conceitos e valores para que o termo “inclusão digital” possa fazer realmente sentido.
Referências
Inclusão digital, tópico da Wikipedia.org, em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital
A inclusão digital no governo Lula, em http://www.inclusaodigital.gov.br/noticia/a-inclusao-digital-no-governo-lula/
Princípios para a governança e uso da internet no Brasil, em http://www.cgi.br/regulamentacao/resolucao2009-003.htm
Debate público sobre o Marco Civil da Internet, em http://culturadigital.br/marcocivil/
Debate público sobre a proteção de dados pessoais, em http://culturadigital.br/dadospessoais/
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), em http://www4.planalto.gov.br/brasilconectado/pnbl
[Publicado orinalmente na edição 04/2011 do Observatório Mídia&Política da Universidade de Brasília. Versão atualizada.]

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Avança a biometria nas urnas

A organização das eleições em um país com as dimensões do Brasil implica em vários desafios organizacionais, mas uma das maiores preocupações do Tribunal Superior Eleitoral é manter todo o sistema seguro. Contrariando certa descrença inicial, a urna eletrônica utilizada hoje pelo órgão é referência mundial como caso de sucesso, garantindo-se como praticamente inviolável.

Uma das formas de reforçar essa segurança é com a identificação biométrica e Joelson Dias, secretário de Tecnologia da Informação do TSE, apresentou a técnica aplicada às urnas durante a 16ª edição da Cards Payment & Identification 2011, evento de Cartões, Meios de Pagamentos e Identificação das Américas, que aconteceu nesta terça-feira (3), em São Paulo.

O secretário acredita que o sistema eletrônico original, utilizado pela primeira vez em 1996, é digno de orgulho dos brasileiros pelo pioneirismo e eficiência: além de eliminar a possibilidade de fraude na contagem de votos, a apuração ocorre quase totalmente em apenas algumas horas (o voto de papel demandava dias para a entrega dos resultados).

"Devemos nos orgulhar disso, pois todos queremos um retorno, o investimento de nossos tributos pagos", diz Dias, explicando que países como Japão, Portugal, França e Estados Unidos já demonstraram interesse no projeto, enquanto outros como Argentina, Equador, México e Paraguai já importam a tecnologia do Brasil.

A segurança da tecnologia brasileira é um dos atrativos, com a criptografia e mesmo auditoria dos dados armazenados garantidas em 14 anos de utilização sem ocorrência de violação. Tanto que, em 2009, o Tribunal convocou especialistas para tentarem invadir as urnas - todos sem sucesso, comprovando a blindagem do sistema.

A meta agora é melhorar isso ainda mais ao implementar o aferimento biométrico com a impressão digital para todos os 135 milhões de eleitores no país. Mas com 27 unidades de Tribunal Regional Eleitoral, 3 mil zonas eleitorais, 400 mil seções e 2 milhões de mesários, não será uma tarefa fácil. Por isso, o TSE vem apresentando a tecnologia aos poucos: em 2008 ela foi utilizada pela primeira vez e em apenas três cidades. Em 2010, o número já foi ampliado para chegar a mais de 1 milhão de pessoas. Com o aumento progressivo, espera-se completar o projeto em 2018, atendendo a 170 milhões de eleitores.

"Esperamos cadastrar mais de 10 milhões de eleitores com o novo recurso até o final de 2011", explica Dias. O processo será facilitado após a integração com a nova carteira de identidade (Registro de Identificação Civil - RIC) ao longo da década. Além da melhoria na segurança, haverá menor necessidade de convocação de mão de obra durante as eleições. Segundo o secretário, "a urna biométrica possui banco de dados próprio, habilitando automaticamente o cidadão a votar sem a interferência do mesário". Mesmo pessoas com deficiência física poderão se valer do sistema, já que no recadastramento é exigida a leitura eletrônica dos dez dedos da mão.

O avanço chegou a um ponto em que o TSE pode escolher não avançar demais por cautela. Joelson Dias afirma que já há a tecnologia capaz de permitir utilizar a internet para realizar o voto remoto de maneira segura. "Não adotamos isso porque há uma preocupação com a liberdade do ato: acredita-se que reunindo os eleitores em seções e mesas eleitorais dá para ter a certeza de que estão indo votar livremente, sem serem coagidos", diz. "Não se cogita, ao menos por enquanto, essa possibilidade", garante, frisando a necessidade de manter todo o sistema o mais seguro possível. 
 
Por: Bruno do Amaral 
06/05/2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Brasileiro terá de pagar até R$ 40 por nova carteira de identidade

Os brasileiros terão de pagar pelo documento que substituirá o RG a partir de julho, de acordo com reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo nesta terça.


O Registro de Identidade Civil (RIC) está orçado pelo governo em R$ 40. Alternativas para reduzir esse valor para R$ 15 estão sendo estudadas pelo Executivo. Atualmente, 11 Estados, além do Distrito Federal, oferecem o documento de graça.

Segundo a publicação, o alto custo para a confecção do documento é o que tem atrasado a substituição progressiva do RG, lançada pelo governo Lula e inicialmente prevista para janeiro.

O governo alega que o custo do RIC é mais alto do que o do RG porque se trata de um cartão magnético com chip que terá certificação digital, o que permitirá usá-lo em operações na internet.

Fonte: Terra Notícias

Leia Também:

 Principais dúvidas sobre o RIC

Tira dúvidas: saiba como será o RIC, a nova carteira de identidade brasileira

Com o RIC é hora de capacitar e institucionalizar pra valer a ICP Brasil

RIC: conheça em detalhes o substituto do RG - Brasil - EXAME.com

RIC: emitidos os primeiros cartões

Certificação Digital: Brasileiro terá certidão mais segura

Fonte: Portal Terra 3/05/2011 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Documento único: Tocantins se prepara para emitir o RIC


O diretor do Instituto de Identificação, da Polícia Técnico-Científica, Iris Batista Nunes participa nesta terça-feira, 30, na cidade de Curitiba, no Paraná, de mais uma etapa do RIC Workshops Regionais. 

O objetivo do evento é dirimir dúvidas sobre a implantação do Registro de Identificação Civil (RIC), popularmente conhecida como identidade única, que será oficialmente lançado em dezembro em Brasília e será entregue pelos Institutos de Identificação em parceria com o TSE.

O novo sistema de identidade, em fase de implantação no País consiste na criação de um único número de identificação para todos os cidadãos brasileiros. Além no RG, esse documento conterá o CPF, NIS (Número de Identificação Social do Trabalhador), Título de Eleitor, tudo com a segura e valiosa certificação digital.

No Tocantins os primeiros cidadãos e cidadãs a receberem o cartão RIC são os habitandes do município de Rio Sono. A escolha do Município foi feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base no recadastramento eleitoral.

O RIC Workshops Regionais reunirá representantes dos Institutos de Identificação de várias regiões do País, além de autoridades como o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, Presidente Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID), Célio Ribeiro, diretor do Instituto Nacional de Identificação (INI), Marcos Elias de Araújo, representante do INC e ITI, entre outros. (Informações da ascom/SSP)

FONTE; Jornal O GIRASSOL: "Últimas Notícias
Publicada em 29/11/2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A certificação e identificação digital em debate


 Cristiane Pereira
Hangar  Centro de Convenções da Amazônia - 20/11/2010
8° Fórum de Certificação Digital aborda os benefícios da desmaterialização dos processos

O Brasil tem 205 milhões de habitantes. Destes, 75 milhões possuem acesso à internet. São muitas pessoas navegando pela grande rede sem, muitas vezes, estarem protegidas contra problemas, como invasões as suas máquinas e roubos de senhas e informações pessoais. Com isso, a certificação digital torna-se um eficaz instrumento de combate aos riscos do mundo virtual, e foi sobre ela a discussão no 8º CertForum, que aconteceu pela segunda vez em Belém, dia 18, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

“É importante regionalizar o CertForum, para que possamos otimizar, unificando o sistema e tornando a certificação digital uma ferramenta valiosa para todos”, pontuou Pedro Paulo Lemos Machado, durante as boas-vindas aos participantes da 8ª edição do evento.

Compondo a mesa inicial, ainda estiveram presentes Cláudio Martins, diretor da Prodepa, e Bruno Pantoja, superintendente do Banpará, que reforçaram a importância da parceria com o fórum para difundir a certificação digital pelo Estado.

Durante todo o dia, ampliou-se questões relacionadas ao uso da certificação digital no país, além dos palestrantes e convidados apresentarem os benefícios da desmaterialização dos processos que torna rotinas mais seguras e ágeis. O exemplo foi a primeira mesa, intitulada “O Cenário do RIC e da Certificação Digital”, que teve moderação de Edson Rezende, diretor da ABRID.

Coordenador de operações do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, Luis Carlos de Oliveira Porto tratou da necessidade de ser ter responsabilidade civil e criminal na internet, bem como saber com quem se está transacionando: “Desmaterializar, transformar tudo em meio digital é uma maneira de amenizar, pois com um registro, o usuário pode realizar diversas atividades sem perigo.”

Sobre o RIC (Registro de Identificação Civil), Luis Carlos contou que será um cartão de bicarbonato com chip onde constarão todos os dados biográficos e biométricos de cada pessoa. “Irá facilitar muito. O projeto está em fase piloto, onde recolhemos os dados, eles são passados para o cadastro nacional do Ministério da Justiça que, por sua vez, irá gerar o nº do RIC, que será produzido pela Casa da Moeda e distribuído pelo Instituto de Identificação responsável”.

Iracilda Maria de Oliveira Santos, diretora do Instituto de Identificação Pedro Mello (Departamento de Polícia Técnica do Estado da Bahia), explicou que quando houver a implementação total do projeto RIC, cada Estado faz sua licitação entre as entidades certificadoras da ICP Brasil, para que uma possa atuar como Instituto de Identificação e autoridades de registro.

Fonte:
Texto: Lorenna Montenegro
Foto: Jaime Souzza
Edição: Esperança Bessa
Departamento de Comunicação do Hangar
Centro de Convenções e Feiras da Amazônia

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comitê da ICP-Brasil ajusta regras para atender RIC









Comitê Gestor da ICP-Brasil

O Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) se reune amanhã (12/11) para avaliar e debater as adequações necessárias nos regramentos da ICP-Brasil para a emissão de certificados digitais em larga escala nos moldes propostos para o Registro de Identidade Civil (RIC).

Segundo diretor de Infraestrutura de Chaves Públicas do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Maurício Coelho, são necessários pequenos ajustes já que o RIC possui características próprias e compete ao Comitê essas decisões.

Além disso, serão apresentados resultados dos Grupos de Trabalhos, constituídos nas reuniões anteriores.

A reunião acontecerá às 14h30, em Brasília.

Fonte: ITI

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Governo deixa para 2011 definição sobre quem pagará custo do RIC

:: Luís Osvaldo Grossmann :: Convergência Digital :: 20/10/2010

A substituição das carteiras de identidade em todo o Brasil, um projeto previsto para durar nove anos ao custo aproximado de R$ 1,4 bilhão, começa com custos cobertos exclusivamente pelo governo federal, através do Ministério da Justiça. Mas o objetivo é voltar a discutir, especialmente com os estados, formas de financiar o Registro de Identidade Civil, o RIC.

O Ministério da Justiça decidiu arcar com os custos da primeira etapa – que prevê a emissão de 2 milhões de novas identidades no primeiro ano do projeto – como forma de superar divergências no comitê do RIC. Os representantes estaduais se mostraram temerosos de firmarem compromissos financeiros.

A ideia, no entanto, é voltar a discutir o tema no próximo ano. “Já existe interesse do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] em financiar. E também poderemos agregar parceiros. Vários bancos têm se interessado por conta das vantagens do certificado digital”, antecipa o coordenador adjunto do Comitê Gestor do RIC, Sérgio Torres.

O custo total do RIC é estimado entre US$ 800 milhões e US$ 900 milhões para a emissão de 130 milhões de novas identidades ao longo de nove anos. Considerando-se que cada cartão tem custo aproximado de R$ 10, a fatia sustentada por recursos federais é de algo perto de R$ 20 milhões.

Nas discussões sobre o financiamento do RIC também haverá espaço para uma eventual cobrança pelo documento. A medida nada teria de inédita, pois embora o documento seja gratuito em alguns estados, em outros pode custar de R$ 13 a R$ 29. Ainda que essa seja a solução adotada, dada a expectativa de custo unitário do RIC o valor deve ficar abaixo desses exemplos


20 de out 20101

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Workshop sobre RIC - Registro de Identidade Civil

Foto Ilustrativa
Workshop consolida parcerias

Esta acontecendo hoje (14/10), na capital paulista o workshop regional do Registro de Identidade Civil (RIC).

Estão presentes ao evento os diretores dos institutos de identificação dos estados da região sudeste, bem como representantes dos órgãos membros do Comitê Gestor do Sistema Nacional do Registro de Identidade Civil (SNRIC).

A proposta é aproximar as discussões que vem ocorrendo em Brasília da realidade dos institutos. O diretor de Infraestrutura de Chaves Públicas do ITI, Maurício Coelho, representa o ITI no enconrtro.

O primeiro workshop ocorreu em Recife e também contou com a participação do ITI, sendo representado pelo coordenador-geral de Operações, André Caricatti, e a assessora de Comunicação, Denise Direito. Segundo Denise, “foi muito importante ouvir os estados, já que é significativa a diversidade da realidade dos estados brasileiros, além disso, foram esclarecidas dúvidas dos presentes, podendo ser firmadas parcerias de uma forma mais segura e clara”.

Os próximos eventos ocorrem em Brasília, 27/10, Belém, 19/11, e Curitiba, 30/11.

“O objetivo é a evangelização na nova identidade dos brasileiros”, afirmou Coelho.

Fonte: Site ITI
13-Out-2010: Brasília - DF

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A inclusão do certificado digital no RIC está garantida

Certificado digital no RIC diminuirá risco de fraudes eletrônicas
Por Camila Almeida

Como garantir que as transações realizadas no meio virtual sejam seguras? A certificação digital é um recurso que pode garantir a autenticidade dos indivíduos na internet e é a grande novidade do sistema de identificação brasileiro. O Comitê Gestor do Registro Único de Identidade Civil, comumente chamado de RIC, definiu as especificidades técnicas do cartão na semana passada. A inclusão do certificado digital no documento está garantida.

O certificado digital estava previsto no RIC desde quando o projeto foi elaborado, em 1997. Sua inclusão no cartão, entretanto, passou a ser questionada devido aos altos custos do recurso. Cada certificado poderia custar de R$ 110 a mais de R$ 300, dependendo dos equipamentos utilizados. O presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, afirma que a produção dos 150 milhões de certificados previstos vai baratear os custos. “A emissão em escala fará o preço cair muito. Acreditamos que, quando o projeto estiver adiantado, o certificado sairá por menos de R$ 10,00”, diz.

De acordo com Martini, a dúvida sobre a inclusão do certificado no RIC surgiu da falta de conhecimento do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil sobre as funcionalidades do certificado. Num primeiro momento, alguns membros acreditavam que a tecnologia encareceria demais o projeto. No segundo encontro, realizado em 27 de setembro, foi feita uma apresentação dos benefícios trazidos pela identidade eletrônica e de seus recursos. “É possível, por exemplo, assinar contratos ou saber resultados de exames, sem precisar sair de casa e com segurança de que os termos do contrato ou informações médicas foram entregues unicamente ao interessado”, explica.

O certificado será emitido por nove Autoridades Certificadoras habilitadas. Dentre as empresas, estão as públicas Caixa Econômica Federal (CEF) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), e as privadas Certsign e Serasa. A Infra-Estrutura de Chaves Públicas brasileira (ICP-Brasil) já existe e está trabalhando.

A nova identidade dos brasileiros, regulamentada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva no dia 6 de maio de 2010, reunirá, num só cartão, informações como RG, CPF e título de eleitor, além de dois chips de armazenamento de dados, cuja durabilidade é de 10 anos, e de um número único, que vai inserir o cidadão no cadastro nacional.

Segundo dados da Polícia Federal, a falsificação de carteiras de identidade soma 72% de golpes em bancos e instituições comerciais. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que os bancos brasileiros somaram R$ 900 milhões em prejuízos devido às fraudes eletrônicas apenas em 2009. Especialistas explicam que esse tipo de fraude será reduzido com a certificação digital.

De acordo com o advogado Fabiano Menke, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a certificação pode trazer benefícios ao brasileiro. “O certificado digital é uma ferramenta valiosa para a obtenção de mais confiança no meio virtual e para elevar a segurança quanto à integridade dos dados e à sua autoria”, afirma o pesquisador. Além do Brasil, diversos países e blocos econômicos têm regulado a certificação digital, reconhecendo a sua utilidade para o aumento da segurança no ambiente eletrônico.

O certificado digital funciona a partir da criação de duas chaves, uma pública, outra privada. É como se as informações do cidadão estivessem guardadas por um cadeado pessoal, identificado pela chave pública. Entretanto, apenas quem possuir a chave privada correspondente (única e de conhecimento exclusivo do indivíduo) poderá ter acesso às informações. Além disso, o certificado está relacionado à assinatura digital, que funciona como um reconhecimento de firma eletrônico. Esse sistema garante o direto do indivíduo de sigilo dos seus dados, além do direito de poder acessá-los livremente e de maneira segura.

No Brasil, a tecnologia da identidade eletrônica já é utilizada há oito anos. “A aplicação inaugural, em 2002, foi o Sistema de Pagamentos Brasileiro, que utiliza o certificado digital para a realização de compensações online entre os bancos, com a identificação dos equipamentos que realizam a transação”, lembra Menke. A Receita Federal decidiu adotar, em setembro deste ano, a certificação digital para todos os seus 25 mil servidores. Até o fim de 2010, os funcionários poderão acessar, com segurança, desde as suas estações de trabalhos até os sistemas que armazenam as informações fiscais dos brasileiros.

Fonte: Com Ciência - SBPC/Labjor
5 de outubro 2010
 
Leia também...
 
Nova carteira de identidade digital  vai custar 800 milhões de reais
01 Out 2010

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BÁSICAS DO RIC - DOU 27/09/2010
29 Set 2010

Identidade Digital do brasileiro terá Certificado  Digital 
16 Set 2010

Certificação Digital: Para Polícia Federal, RIC não tem sentido ...
10 Set 2010


Certificação Digital: RIC: Comitê Gestor resiste ao uso do certificado digital.
01 Set 2010

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nova carteira de identidade digital vai custar US$ 800 milhões

Registro de Identificação Civil (RIC) será feito de plástico resistente, terá dois chips para armazenar dados e certificação.

A primeira experiência piloto da nova carteira de identidade digital, ou Registro de Identificação Civil (RIC), vai mobilizar um investimento de 85 milhões de reais, para emitir 100 mil cartões ainda este ano, e outros 1,9 milhão até o final do ano que vem.

O projeto total de substituição dos RGs dos brasileiros por algo como 150 milhões de cartões munidos de chips e certificação digital está estimado em 800 milhões de dólares, a serem gastos ao longo de nove anos, segundo Paulo Airan, secretário-executivo do Comitê Gestor do RIC, do Ministério da Justiça.

As normas determinam que cartão deverá ser feito de policarbonato (um plástico altamente resistente) e terá um certificado digital. Além disso, terá dois chips. Um servirá para aplicações que exijam a inserção do RIC em máquinas de leitura – tal como o de bancos, por exemplo. O outro será equipado com padrão RFID, para leitura de dados apenas por aproximação. Outra exigência é a de que tanto o cartão como os chips durem ao menos 10 anos.

A escolha do primeiro Estado a participar do teste deve ser feita na próxima 6ª feira (1º), entre aqueles que se candidataram para essa emissão inicial, feita com recursos do ministérios Justiça. Serão priorizados os que têm melhor estrutura física e tecnológica, especialmente os sistemas Afis (Sistemas Automáticos de Identificação de Digitais). Considerados os itens mais caros do processo, são responsáveis pelo processamento das informações biométricas. Já contam com essa solução e são candidatos ao projeto Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Maranhão e Alagoas, além do Distrito Federal.


Os 100 mil cartões serão emitidos pela Casa da Moeda. A coleta do dados biométricos (como impressões digitais e assinatura) será feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (50%) e pelos órgãos de identificação estadual (os outros 50%). Com a grande escala do projeto, Airan avalia que o custo do cartão fique entre 13 reais e 14 reais. A certificação digital está em análise, mas deve custar em torno de 20 reais, para as 100 mil unidades, e menos do que isso na aquisição dos 1,9 milhão em 2011. No mercado, hoje, essas certificações para pessoas físicas saem por 25 reais, em média.

Redução de fraudes

Por enquanto, o projeto vai ser tocado com recursos federais. Mas a expectativa do governo é que, futuramente, para chegar à base de 150 milhões de identidades ativas, os Estados, e também alguns segmentos comerciais, arquem com parte dos gastos. Por exemplo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vai participar das próximas discussões do Comitê Gestor do RIC, e, segundo Airan, estaria disposta a apoiar a iniciativa. As instituições financeiras poderiam, por exemplo, compartilhar os investimentos, especialmente em estados mais pobres, e utilizar as certificações digitais para reduzir as fraudes de internet banking.

Renato Martini, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão federal responsável pela auditoria das certificadoras e pela chave pública brasileira (onde estão guardados os pares públicos que combinam com os pares criptografados das chaves de certificação digital), lembra que os cartões também precisarão ser renovados periodicamente. O cartão tem vida útil de dez anos; e uma das propostas, diz, é propor estender a validade das certificações para cinco anos (atualmente, são três). Ou, completa Airan, alterar as normas que só permitem renová-las uma vez, para que isso possa ser feito repetidas vezes.

“O RIC é a maior janela de oportunidade de fazer a certificação digital chegar ao cidadão comum. As empresas já usam, não vivem mais sem ela. Mas, para o cidadão, é preciso uma estratégia massificadora”, diz Martini.

A lei que criou o RIC é de 97, mas sua regulamentação foi feita só em maio deste ano, por decreto presidencial. Originalmente, a lei concentrava no RIC todos os demais documentos (CPF, Pis/Pasep, título de eleitor, etc.). No ano passado, contudo, a Casa Civil entendeu que não havia consenso entre os vários ministérios. “A estratégia, agora, é de adesão e de convencimento. Ou seja, vamos fazer um documento mais seguro, com grande qualidade, e ofertar ao País. Naturalmente, outros órgãos podem descobrir suas vantagens e ter interesse em aderir”, explica Martini

Fonte: IDG Now!
Por Verônica Couto
Publicada em 29 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Para Polícia Federal, RIC não tem sentido sem certificado digital

Na próxima semana, o comitê gestor do RIC - a nova identidade dos brasileiros - vai se debruçar sobre a inclusão, ou não, do certificado digital nos cartões que começarão a ser emitidos no fim do ano. Entre a preocupação com o custo e o desconhecimento das utilidades do recurso, o grupo parece inclinado a deixar o certificado de fora.

Mas os defensores do modelo, como o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, acham que ainda dá tempo de convencer o comitê. “Parece que existe pouco entendimento sobre o certificado digital, mas acredito que essa dificuldade será superada. Realmente não faz sentido adotarmos o RIC sem o certificado”, acredita Corrêa.

Para o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, o que assusta o comitê é o investimento necessário para a inclusão do certificado digital nos estimados 150 milhões de cartões do novo Registro de Identidade Civil. “Há uma discussão técnica sobre se é interessante incluir o certificado nesse primeiro momento e parece que há um entendimento de que isso encareceria o cartão”, afirma o ministro.

O ministro e o diretor-geral da PF participaram nesta quinta-feira, 9/9, da assinatura do convênio com o Tribunal Superior Eleitoral que vai garantir o uso do cadastro de eleitores como base de dados para o RIC. “Temos o cadastro mais completo do país, com quase 136 milhões de registros”, lembrou o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski.

Escala

Na primeira reunião efetivamente deliberativa do comitê gestor do RIC, no fim de agosto, a maioria dos integrantes do grupo se mostrou resistente à inclusão do certificado nos cartões. Um dos motivos teria sido a apresentação feita durante a reunião que sugeriu o custo unitário da certificação digital em aproximadamente R$ 300.

Na verdade, é possível encontrar no mercado certificados digitais por pouco mais de R$ 100, mas quem defende a inclusão do recurso no RIC prefere levar em conta outro fator: a diluição dos custos diante da aquisição de 150 milhões de certificados ao longo dos nove anos previstos para a substituição das carteiras de identidade.
“Temos uma janela de oportunidade para massificar o uso do certificado, por conta da escala. Além disso, o principal custo do certificado não é o cartão, mas a AR [registro], sendo que o RIC já é uma AR, por identificar claramente cada cidadão”, sustenta o diretor do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini.


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

RIC: Comitê Gestor resiste ao uso do certificado digital.

Nova identidade civil: Comitê Gestor resiste ao uso do certificado digital

:: Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 01/09/2010
 

Apontado como um moderno documento de identificação, o Registro de Identidade Civil, ou RIC, corre o sério risco de se tornar, na prática, somente um projeto de unificação nacional de cadastros estaduais. Para a grande maioria dos integrantes do Comitê Gestor do RIC – que inclui 12 ministérios, dois órgãos federais e representantes dos estados – o certificado digital é desnecessário e, no máximo, deve ser adotado em caráter opcional. 


“O cartão virá preparado, mas a obrigatoriedade do certificado digital ainda será discutida”, admite o secretário executivo do Comitê Gestor, Paulo Airan. Ele reconhece que não houve “consenso” sobre o recurso na primeira reunião efetivamente deliberativa sobre o novo documento. 

Há uma boa dose de diplomacia nessa avaliação. Na verdade, a maioria dos integrantes do Comitê Gestor se mostrou resistente à ideia do certificado digital. Teria pesado aí tanto o fator custo – a discussão tomou como base o custo unitário do certificado por volta de R$ 300 – como o entendimento de que o certificado é supérfluo para grande parte dos brasileiros. Ou seja, algo que poucos precisam.

De fato, o uso do certificado digital ainda é restrito no país. As empresas precisam dele, especialmente com o crescimento das notas fiscais eletrônicas – e, na verdade, com a digitalização de todo o processo contábil e tributário, induzido pela Receita Federal. Daí estar também crescendo junto aos contadores e advogados. 


A lógica de quem defende a obrigatoriedade do certificado digital está justamente no efeito de massificação desse instrumento pela sociedade brasileira. Afinal, um certificado digital é um documento eletrônico que possibilita comprovar a identidade de uma pessoa, uma empresa, etc, que assegura transações online e a troca eletrônica de documentos, mensagens e dados com a presunção de validade jurídica. 

Ou seja, a proposta de integrar o RIC com a certificação digital leva em conta o uso cada vez maior da internet no dia a dia de todos. O comércio eletrônico cresceu 170% no Brasil entre 2007 e 2009 – no ano passado movimentou R$ 23 bilhões. E segundo o Banco Central, a web já é o canal mais utilizado no país para a realização de transações bancárias. 

A defesa do certificado, portanto, tem olhos voltados para o futuro. “Há 15 anos, quase ninguém tinha e-mail”, lembra o diretor do ITI, Renato Martini, que foi voz praticamente isolada na defesa do certificado digital no RIC. “O que está faltando é discutirmos se queremos uma identidade digital. Se não, podemos ficar com o modelo de papel, como é hoje”, avalia. 

A questão do custo também entra na equação. Com a obrigatoriedade do certificado digital nas novas identidades, a lógica é de que o investimento na certificação despenque. Afinal, o projeto de troca de documentos prevê a emissão de 150 milhões de RICs em nove anos. 

“Temos uma janela de oportunidade para massificar o uso do certificado, por conta da escala. Além disso, o principal custo do certificado não é o cartão, mas a AR [registro], sendo que o RIC já é uma AR, por identificar claramente cada cidadão”, sustenta Renato Martini. 

Como calculou o vice-presidente de Relações Institucionais da CertiSign, Júlio Consentino, em entrevista ao Convergência Digital, a escala do RIC terá efeito direto sobre o preço. “Não tenho dúvida que o RIC será um divisor de água para a tecnologia, caso venha a ser obrigatória na nova identidade. Ela vai reformular o processo e gerar um volume necessário para que o preço caia”, afirmou.

Fonte:Convergência Digital

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Chip com tudo dentro

Por Tatiana de Mello Dias

Os brasileiros ganharão uma nova identidade. O documento servirá como identificador não só na vida comum como na digital. E reunirá, em um só cartão, uma porção de dados. Só não se sabe ainda exatamente o quê.

O Registro de Identificação Civil (RIC) deve chegar a alguns brasileiros ainda em 2010. Ele parece um cartão de banco com chip e guardará documentos como CPF, carteira de motorista e título de eleitor, além de informações como filiação e tipo sanguíneo. A proposta é que ele desburocratize o uso e garanta mais segurança. O RIC cadastrará os brasileiros biometricamente e atrelará um número de dez dígitos às impressões digitais. Um sistema parecido já foi adotado há três anos em Portugal (o Cartão de Cidadão) e está sendo implementado no Chile.

O RIC brasileiro deve dar acesso a serviços públicos e privados. Além de armazenar informações biométricas, o chip de 64 kilobytes suporta aplicativos. Poderia ser usado, por exemplo, para transporte público ou cartão de crédito. “O chip pode ter chaves para várias coisas. De cadastro na previdência a parcerias público-privadas”, diz Rafael Thomaz Favetti, coordenador do Comitê Gestor do RIC criado pelo Ministério da Justiça (MJ).

As funções exatas do RIC começam a ser definidas a partir desta semana, quando se reunirá o comitê responsável pelo tema, formado por representantes de ministérios e de regiões do País. O que está em jogo são três questões fundamentais: cidadania, segurança e privacidade.

“Ele nasce como um documento de identificação civil tanto no mundo físico quanto no eletrônico”, diz Célio Ribeiro, presidente da Associação das Empresas de Identificação em Tecnologia Digital (Abrid), organização que está assessorando o projeto.

A reunião das identidades civis levanta algumas discussões. O advogado Marcel Leonardi, professor da Fundação Getúlio Vargas, teme a insegurança. “O sistema ignora o princípio básico de você ter credenciais diferentes para finalidades distintas para que, em caso de falha, o sistema inteiro não se comprometa. Basta pensar: você não usa a mesma chave para o carro e a casa”, diz Leonardi. “Afinal, você não vai querer acordar casado com uma estranha porque hackearam o seu RIC”, brinca.

O diretor do Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal, Marcos Elias Araújo, explica que o chip não armazenará todas as informações. “A única coisa que ele vai ter são os dados que já estão no RG e links para as bases de dados.” O fato é que esses links levariam a diferentes bases de dados. Mesmo assim, o governo diz que o documento é seguro. “Você pode pegar toda a estrutura de segurança do atual RG e multiplicar por mil”, diz Favetti. Para Renato Martini, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão ligado à Casa Civil, o que garantirá a segurança do novo sistema é a biometria. “O nome estará vinculado às digitais de forma unificada em todo o território nacional. O brasileiro não poderá mais ter 15 identidades. Isso mata as fraudes.”

O ITI quer que o chip tenha um certificado digital. Ele funcionaria como uma assinatura eletrônica que permitiria acessar serviços como voto em trânsito pela internet. “Estamos migrando para a vida civil eletrônica. Todos os sistemas do governo estão se tornando digitais”, diz Martini. “Não existe exercício de direito que não se anteceda por uma forma de identificação. Qualquer direito que você for exercer, você antecede esse ato com uma identificação”.

O problema é que o certificado digital encarece muito o documento – enquanto a carteira comum sairia por cerca de R$ 15, o certificado elevaria o preço para até R$ 150.A solução proposta pelo governo é a que a certificação seja opcional. Quem quiser, paga. “Não será um serviço doado como a carteira”, diz Favetti.

“A questão é: até que ponto esse certificado será obrigatório? O País já tem várias dificuldades, e o preço do certificado é proibitivo”, alerta Alexandre Atheniense advogado especializado em tecnologia da informação. “Isso está criando um mercado para as certificadoras.” A expectativa do governo é que o valor caia com a adesão em massa.

Fonte: ESTADO DE SÃO PAULO
22 de agosto de 201
17h35

Link - Estadao.com.br

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

100 mil identidades digitais devem ser emitidas no Brasil em 2010

O novo documento incluirá informações pessoais e as impressões digitais de cada brasileiro.

O novo documento de identificação civil digital levará nove anos para atingir os mais de 190 milhões brasileiros. Segundo informou ontem (5/8) o diretor do Instituto Nacional de Identificação (INI), da Polícia Federal, Marcos Elias Cláudio de Araújo, a proposta é fazer um projeto piloto para que até o final deste ano 100 mil documentos sejam emitidos.

 
Com a nova identidade civil, as unidades da federação passarão a acessar um banco de dados nacional, no qual serão incluídas as informações essenciais e as impressões digitais de cada indivíduo. No primeiro momento, o chamado registro de identificação civil não substituirá o documento atual, o registro geral continuará em vigor. O novo documento terá uma numeração diferenciada que, ao longo do tempo, substituirá a antiga.

 
O documento funcionará nos moldes de um cartão de crédito. O cartão será inserido dentro de uma máquina e o cidadão colocará sua impressão digital. Isso impedirá que, em caso de furto ou perda, o documento possa ser utilizado por outra pessoa. Esse novo tipo de identificação substituirá outros documentos e terá funções que ainda serão definidas.

De acordo com o diretor do INI, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quer que, nas próximas eleições, o cartão já seja utilizado. “Isto possibilitará fazer uma eleição desvinculada da urna, ou seja, o eleitor poderá votar em qualquer parte do país”, explicou Araújo.

 
O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, deu posse hoje ao Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil, formado por membros dos ministérios e representantes dos estados. Barreto destacou o avanço que representa a criação do novo documento para o país. “Cada um de nós portamos cédulas de identidade igual às feitas no início do século passado. Esse é um documento mais moderno e mais seguro. O documento de identidade brasileiro é um dos mais atrasados dentre os países da América do Sul”, afirmou.

 
A participação dos estados e do Distrito Federal se dará por adesão. Até o momento, São Paulo e Minas Gerais apresentaram-se contrários à mudança. Segundo o ministro, houve incompreensão do papel da União na expedição do documento. “Temos certeza que todos os estados se integrarão neste projeto. Alguns estados achavam que o governo federal centralizaria a expedição de documentos, mas não é verdade. Os estados detêm a prerrogativa de expedir o documento de identidade e continuarão com ela”, destacou.



(Agência Brasil)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Registro Único de Identificação Civil, que unifica vários documentos, começa a vigorar a partir de outubro deste ano


Rádio Câmara

O Registro Único de Identificação Civil, que unifica vários documentos, começa a vigorar a partir de outubro deste ano. Com o RIC, a carteira de identidade, o CPF, a carteira nacional de habilitação e o título de eleitor serão unificados em apenas um número, para cada cidadão.

O documento único vai permitir que o eleitor, que esteja em qualquer lugar do Brasil, possa votar para prefeito do seu município.

O deputado William Woo, do PPS paulista, afirmou que o RIC será um documento com total segurança. William Woo destacou que, atualmente, o cidadão pode ter até 27 registros gerais de identidade diferentes - um em cada unidade da federação.

"E o pior: você pode tirar o RG em nome de outra pessoa. Porque o banco de dados é estadual. Não tem como outro estado negar uma identidade para você, porque não tem o registro nenhum seu. Então, se você quiser ir num estado chamar João, noutro estado chamar Pedro, noutro estado chamar Ricardo, não há como eles fiscalizarem se essas informações são falsas, porque as informações são estaduais."

William Woo afirma que o documento único também vai combater a impunidade.

"Hoje, um criminoso pratica um crime, um homicídio, um tráfico de drogas no seu estado, passa para outro estado, tira uma identidade com um novo nome e vive em liberdade e a sensação de impunidade está em toda a sociedade brasileira"

William Woo destacou que o Brasil perde, anualmente, de R$ 5 a 10 bilhões com fraudes à Previdência, que poderão ser evitadas com o documento único a partir das impressões digitais.

Ele lembrou que o RIC foi fruto da CPI dos Anões do Orçamento, que teve proposta transformada em lei em 1997. Apesar disso, a lei não saiu do papel naquela época porque ainda não havia a unificação entre os bancos de dados dos estados com a União.

De Brasília, Paulo Roberto Miranda.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Reprodução autorizada mediante citação da Rádio