Agência admite erros em procedimentos, mas afirma que não agiu por má fé
Manifestante protesta contra a presença do chefe da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, general Keith B. Alexander, e do diretor de Inteligência Nacional, James R. Clapper Jr., no Congresso americano (Jason Reed/Reuters)
A Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês) entregou a um tribunal dos EUA uma série de documentos internos sobre violações às próprias regras e prometeu novas medidas de segurança para prevenir que os erros se repitam. A informação foi divulgada na noite desta segunda-feira. O relatório entregue reúne mais de 1 000 páginas sobre o controverso programa do governo responsável por gravar as ligações de americanos nos últimos sete anos.
Segundo o relatório, a NSA reconheceu em 2009 que coletou material de forma imprópria e que as violações foram causadas por "mau gerenciamento e falta de verificação dos procedimentos internos, e não por má fé". Em outro registro, a NSA admitiu que coletou informações impróprias devido a erros tipográficos. O juiz do tribunal, John D. Bates, disse que, neste caso de 2009, "os responsáveis por conduzir a vigilância na NSA falharam".
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Os documentos incluem também materiais de treinamento para analistas da NSA. Os arquivos orientavam que os analistas procurassem no banco de dados apenas as gravações de números suspeitos de estarem ligados a atividades terroristas. "Analistas não são livres para usar o seletor de telefones baseado em um palpite ou em adivinhação", afirmava uma apresentação de 2007.
Os slides do treinamento interno da NSA também afirmavam que o governo não deveria vasculhar as gravações telefônicas de americanos cujo único comportamento suspeito era falar ou escrever contra o governo dos EUA – direito à liberdade de expressão protegido pela Primeira Emenda da Constituição americana.
(Com Estadão Conteúdo)
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Fonte:http://veja.abril.com.br
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