Por Roberta Scrivano,
de O Estado de S. Paulo
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Atualmente, pelo menos 32 milhões de brasileiros usam o meio virtual para fazer suas transações financeiras, segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Mas será que o sistema usado pelos bancos é seguro? A Febraban garante que sim.
“Fraudes são cada vez mais difíceis de ocorrer”, comenta Wilson Gutierrez, diretor da Febraban. Ele cita as robustas cifras investidas pelos bancários para comprovar que os sistemas de segurança estão se aperfeiçoando: “Só em 2009 foram aplicados R$ 1,84 bilhão pelos bancos na segurança online”, diz ele, salientando que os dados referentes a 2010 ainda não foram divulgados pelas instituições financeiras.
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação de Defesa do Consumidor Proteste concordam que as transações bancárias pela internet estão mais segurança. “Mas é preciso tomar alguns cuidados”, reforçam representantes das duas instituições.
Guilherme Varella, advogado do Idec, salienta por exemplo que para fazer as operações online é preciso que o cliente tenha uma senha específica para a internet. “Que obrigatoriamente é diferente da do cartão”, reforça. Além disso, o cliente precisa ter uma assinatura eletrônica e um mecanismo de certificação digital (que pode ser um cartão de segurança ou aparelhos eletrônicos que geram uma combinação de números a cada novo acesso). “Se faltar algum desses itens a operação já começa a ficar arriscada”, comenta.
O advogado lembra ainda que o cliente tem direito a atendimento online 24 horas. “Se a transação está disponível para ser feita, o cliente deve ter atendimento do banco disponível para, por exemplo, tirar dúvidas sobre o processo que está fazendo”, detalha.
Maria Inês Dolci, diretora da Proteste, lista alguns tópicos técnicos que o consumidor deve ter atenção para garantir a segurança enquanto navega. “A página só é segura se o endereço eletrônico começar com https://”, diz. “Além disso, sempre que aparecer o comprovante de uma operação realizada, é importante ‘printar’ a página e salvá-la em seus documentos”, completa. Ela também recomenda a não utilização do bankline em computadores públicos, sobretudo os de lan houses.
De todas as operações oferecidas em uma agência bancária a única que não é possível fazer de casa, por meio do bankline, é o saque. “Mas o consumidor precisa saber que os ‘pop-ups’ que surgem na tela não são brindes do banco, mas ofertas de produtos”, lembra Varella. Ele considera a contratação sem prévia conversa com o gerente arriscada. “Na internet normalmente não há um contrato detalhado da contratação, isso pode gerar custos indesejados ao cliente”, alerta.
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