Governo, entidades estudantis e indústria assinaram nesta terça-feira (27/11) protocolo de intenções para a emissão do documento que terá certificado digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
A exigência faz parte da Lei Geral da Copa para garantir a
meia-entrada nos eventos desportivos que o Brasil sediará, como a Copa das
Confederações e a Copa do Mundo. Estudantes terão 50% de desconto para compra dos
bilhetes mais baratos, chamados de ingressos categoria 4.
O acordo foi assinado entre o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação
(ITI), a UNE e a Associação Brasileira das Empresas
de Tecnologia em Identificação Digital (ABRID).
As carteiras estudantis com certificado digital seguirão padrão
único e somente poderão ser emitidas pela União Nacional dos Estudantes (UNE),
Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pelos diretórios centrais dos
estudantes (DCEs) das instituições de ensino superior e pela União Brasileira
dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Apenas apresentando carteira com certificação digital, os
estudantes poderão adquirir meia-entrada
para competições desportivas organizadas pela Fifa no Brasil.
Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, a medida de aplicar novo
padrão de segurança à carteira estudantil vai ampliar a credibilidade do
documento.
“Vamos recuperar o padrão nacional da carteira perante os
produtores culturais, esportivos e à sociedade.
Atualmente há uma demanda artificial da meia-entrada devido às carteiras
fraudadas. É importante regulamentar o documento para que se preveja a demanda real de meia-entrada
e não haja mais uma enxurrada de meia-entrada, que na prática, são falsas e
apenas elevam o valor dos ingressos”, explicou Iliescu.
O novo documento deve ter o mesmo o preço da atual carteira de
estudante, que varia de R$ 8 a R$ 35, conforme a região do país, e terá
validade até março de 2014.
Ela poderá ser obtida pelo site da UNE (http://www.une.org.br/) ou
postos de atendimento espalhados por todo país. Segundo Iliescu, o valor obtido
com os documentos dá autonomia financeira às entidades estudantis.
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