Por André Machado - 9.4.2012 | 16h20m Artigo II:
Os consumidores brasileiros, cada vez mais comprando pela internet, estão preocupados com a segurança eletrônica.
Segundo Manuel Fernandes, executivo líder da área de Tecnologia, Mídia e Telecom da consultoria KPMG, analisa a situação nesse texto, em que aponta que as empresas de varejo on-line ainda suscitam desconfianças aos consumidores na hora da compra: Em 2011, de acordo com a Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net), o setor de comércio eletrônico no Brasil obteve um faturamento estimado em R$ 20 bilhões e contou com mais de 1,1 bilhão de utilizações pelos consumidores.
Ainda, segundo a camara-e.net, o país é o sétimo com maior potencial de vendas pela rede e deve alcançar em breve a quarta posição. Mesmo diante desse crescimento desenfreado da Internet e do uso das redes sociais, os brasileiros ainda enfrentam vários entraves para utilização dos serviços baseados na rede se mostrando atentos à forma como os seus dados pessoais estão caindo na web.
As maiores preocupações e as principais razões dos consumidores não usarem o comércio eletrônico e preferirem o varejo tradicional ainda são a segurança e privacidade. A situação se torna mais complexa ainda quando as operações de comércio e transações de mobile banking são feitas em um dispositivo móvel (celulares, smartphones ou tablets).
Neste caso, acostumados a utilizar o cartão de crédito nas compras, os consumidores demonstram que ainda têm receio de que as informações do cartão de crédito sejam interceptadas por alguém não-autorizado, além da probabilidade de terceiros acessarem seus dados de identificação pessoais.
A preocupação dos consumidores com a segurança é tamanha que a pesquisa “Consumers and Convergence” realizada pela KPMG para medir as tendências de consumo on-line mostrou que eles acham as instituições financeiras e bancos, e não os sites de compra, os mais confiáveis para manter seguros suas informações pessoais e financeiras ao realizar uma operação.
Logo depois, aparecem os sistemas de pagamento seguro via internet e, por último, estão as empresas de varejo on-line. Esse comportamento demonstra que apesar da grande participação na Internet, ainda se mostram receosos e alguns preferem fazer as compras nas lojas físicas. Se quiserem sobreviver e se destacar nessa selva digital, os sites também vão ter que mostrar que estão dispostos a manter uma boa reputação para ganhar a confiança dos consumidores.
A tendência é que eles se sintam mais à vontade para navegar em ambientes em que as políticas de segurança estejam bem definidas e explícitas para todos. Nesse mundo eletrônico cada vez mais competitivo, a reputação dos sites, a certificação de segurança feita por um terceiro independente e a necessidade da implantação de regulação forte por parte do governo também são determinantes para aumentar a segurança dos consumidores on-line. Sinais de que eles estão ficando cada vez mais exigentes.
Fonte: Blog André Machado publicado em Quarta-feira, 21 de março de 2012
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