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Não faltam exemplos de mulheres no comando de empresas de tecnologia. Para citar algumas, temos a CEO do Yahoo, Marissa Mayer, Virgina Rometty, no comando da IBM, e Meg Whitman à frente da HP. Mas elas não são as únicas. Muitas mulheres ganham cada vez mais notoriedade no mundo da tecnologia. A questão é que, no Brasil, isso ainda não aconteceu – pelo menos não no comando de uma empresa.
"Você pode encontrá-las em cargos diversos mas realmente não é comum encontrá-las em cargos número um da empresa", diz Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half.
O mercado de ciências exatas é predominantemente masculino; isso, em todo o mundo. Nos centros técnicos e universidades, a superioridade em número de homens em relação a mulheres cursando áreas ligadas à tecnologia é evidente. O reflexo disso é uma maioria esmagadora masculina também nos cargos.
"Em posições de gestão às vezes você começa a encontrar mais mulheres que, por um motivo ou por outro, não necessariamente na área técnica, acabaram entrando nesse mercado e se desenvolveram nesse mercado", defende Mantovani.
Este é o caso da Regina; formada em publicidade, ela assumiu um cargo de diretoria nesta empresa de certificação digital há 16 anos. Apesar de ter caído no mundo da tecnologia “por acaso”, hoje estende o assunto além do trabalho. Fora do escritório, ela também cultiva um blog sobre segurança e certificados do mundo virtual.
"Lá só se fala de tecnologia e certificação digital", diz Regina Tupinambá diretora da Certisign, companhia de certificação digital.
Explicar essa falta de mulheres em cargos de gestão em empresas de tecnologia é um pouco complicado; mas é fato. Segundo pesquisa recente divulgada pela empresa de recrutamento Michael Page, hoje, 72% dos contratados para cargos de média e alta gerência ainda são homens. Hipóteses para explicar essa situação são muitas...
"Existe um preconceito da próprio mulher em se masculinizar escolhendo uma área de exatas, que acaba sendo mais natural para o homem. Isso tem mudado ao longo dos anos. Sou engenheiro de formação, na minha sala só 5% eram mulheres", afirma Mantovani."Nós temos esse conhecimento. Tem muitas mulheres muito bem preparadas no Brasil. mas falta essa maturidade de comportamento mesmo", acredita Regina.Regina descarta o preconceito não é a principal barreira para que as mulheres cheguem a cargos mais altos. Mas seria ingenuidade dizer que o preconceito não existe; talvez a grande mudança é que hoje ele é muito menor do que no passado.
"Acho que as portas para os homens se abrem com mais facilidade. Além de que as mulheres competem muito entre si e isso não ajuda. Quando elas competem entre si a coisa parece pouco profissional", defende Regina."Eu acho que a diferença do que existe lá fora para o que existe aqui é que, na maior parte dos casos, as empresas lá têm mais tempo de vida. Então houve mais tempo para elas galgarem mais posições", argumenta Mantovani.De qualquer forma, as mulheres ganham cada vez mais espaço no mercado como um todo. Como as empresas de tecnologia, aqui no Brasil, são relativamente mais novas, isso talvez seja apenas questão de tempo. Certamente, competência não falta. Regina conta que foi o foco no trabalho e o objetivo claro que a ajudou a conquistar os homens à sua frente; muita determinação.
"A habilidade de fazer gestão, de ser multi-tarefas, de ser mais sensível ao lado humano, o poder de persuasão... em um ambiente masculinado a mulher sofre preconceito por um lado, mas também tem certas vantagens sentadas em uma mesa com homens", defende Mantovani
Ainda que apenas agora as mulheres esteja chegando a postos de comando, já faz tempo que elas contribuem decisivamente para a evolução tecnológica. Confira o link logo abaixo deste vídeo para conferir o perfil de algumas das primeiras mulheres a entrar para a história da tecnologia.
Fonte: Olhar Digital
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