A afirmação foi feita pelo juiz federal do Paraná Friedmann Anderson Wendpap durante palestra proferida na sexta-feira (8) a magistrados, defensores públicos, procuradores e advogados na Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis), em Cuiabá.
Friedmann Anderson Wendpap |
Para Wendpap, a barreira cultural é o único fator que ainda inibe o desenvolvimento acelerado do processo eletrônico, mas é preciso ter consciência de que toda oferta de tecnologia ocorrerá pela demanda da Justiça.
“O judiciário tem o dever imperioso de decidir, então tem a necessidade de mudar a forma de trabalhar para que possa dar respostas com tempo razoáveis às demandas”, ressalta.
O juiz federal aponta para a necessidade de se eliminar a barreira cultural saindo da zona de conforto em lidar com os papéis e superando dificuldades como a de alocar corretamente a força de trabalho (pessoas) no lugar certo, promovendo uma simetria entre o fluxograma e o lotacionograma.
Wendpap afirma que se antes as demandas permitiam o manuseio artesanal dos processos, hoje muitas exigem a padronização da gestão em algumas áreas de maneira mais industrial, como a de execução fiscal. “É claro que outras, como a Vara da Infância e Adolescente, deverão permanecer artesanais”, completa, ao reforçar que a barreira não é financeira nem tecnológica.
A coordenadora da Escola Superior da Advocacia do Paraná, a advogada Rosane Gil Kolotelo Wedpap, também proferiu palestra e afirma que “os meios eletrônicos vêm ao encontro das necessidades para melhorar o trabalho dos advogados. É a atividade meio contribuindo para a atividade fim”.
Os palestrantes vieram a Cuiabá a convite do corregedor-geral da Justiça, desembargar Márcio Vidal. As palestras foram uma iniciativa conjunta da Corregedoria-Geral da Justiça, do Tribunal de Justiça e da Esmagis.
Fonte: TJM Justiça Federal do Paraná:
13/07/2011 12:32:00
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